1. |
40 Graus
02:41
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Esse é um inverno de quarenta graus, um beijo no caos
Uma apneia no inferno, baby eu desci no grau
Irmãos acorrentando-se à placo,
Na de subir o paraíso sem conhecer degrau
Me sinto eu mesmo dez anos atrás,
Derramando sangue pelo chão da sala
3 dias acordado no corre dos reais,
Peito à prova de mágoa, homem à prova de balas
Essa é a prova do cais
Onde o pulo é o motivo pra asas nos pés
Jogo a faca na clavícula em dias de paz
Eu tô queimando o último maço pra marcar um Dez
Malvadão pela Bernardo ouvindo Racionais
Cortando os laços com a terra enquanto aumento o Bass
Eu dialogo com a guerra dessas capitais
Meus irmãos venderam a alma no último mês
O que a gente fez, pra vocês tanto faz
Minha mãe de joelhos, vela minha alma contando moeda
Não quer mais falar sobre dia triste, olha a paisagem peitando a queda
Eu tento provar que a gente existe man,
Cruzando as estradas nesse mar de gente
Meus irmãos olham no espelho mas não vêem ninguém
Não vêem ninguém, não há ninguém como a gente
(Áudio de mãe)
Esse é um inverno de quarenta graus, um beijo no caos
Uma apneia no inferno, baby eu desci no grau
Irmãos acorrentando-se à placo,
Na de subir o paraíso sem conhecer degraus
Adormeci em meio a flechas, pra não correr pelas farsas
Vendo a cena pelas brechas, 10 com a camisa do Barça
Fiz pra não pegar na peça, man, expus minha alma em praças
Vi que cês não botam fé na cena, só querem espaço
E fazer o que eu faço é facil, na garganta pus um laço
E traço um outro para Lúcifer se me Ver face a face
É que aqui não tem disfarce, tem que ter peito de aço
É que o soluço não é encenação, e as balas né borracha
Minha mãe de joelhos, vela minha alma contando moeda
Não quer mais falar sobre dia triste, olha a paisagem peitando a queda
Eu tento provar que a gente existe man,
Cruzando as estradas nesse mar de gente
Meus irmãos olham no espelho mas não vêem Ninguém
Não vêem ninguém, não há ninguém como a gente
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2. |
Insônia
02:46
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Gritos e sangue no quarto, eu cruzo a cidade com o vidro embaçado
A 10, a 8, a 6, a 4, a 2, à 3, se for ao teu lado tá tudo bem
Porque do teu lado eu nem durmo baby, tudo ao contrário nem durmo bem
Toda molhada e eu tô com sede, cara fechada se cê não vem
Baby eu deixei o ego na porta, enguli esse choro enquanto limpo meu rastro
4 da matina eu tô com o mundo nas costas e a garoa fina molha o teto do quarto
Um tapa em tua raba outro tapa no hakko, puxo assunto junto a um trago, claro
Não posso ficar pra outra carreira, gata o mundo chama, é o corre dos placo
Eu homem feito, baby, em 02, cheio de planos com o mundo na mala
De repente eu tinha 30 anos, e meu mundo todo cabe nessa sala
Eu durmo pouco, quase nunca sonho, tiroteios pela madrugada
Todo dia é uma guerra santa e quando anjos ouvem meus demônios falam
Essa vida, baby, é corda bamba, tremo a perna se te vejo Bê
Doido pra te dar um cheiro gata, eu tava peçado pensando em você
Tava cheio disso tudo gata, tava triste pra falar de amor
Eu tava cansado até você chegar, baby, tudo passou
Rápido igual cena na chuva, ela mete o pé enquanto paga de louca
Prendeu minha alma dentro de suas curvas e reclama da vista com o beck na boca
Reclama da vida com uma arma na boca, quebrando garrafas que eu nem sei quanto custa
Me olha de um jeito que de longe encanta, baby, de perto ela assusta
Baby, suas pernas são roleta russa noites com cano no ouvido
É foda cantar o que machuca quando eu tô cansado e de peito partido
Essas linhas costuram gata, sou um demônio da máquina de costura
Sem medo na terra dos sem postura, não venham com pose e com Simulacro
Gritos e sangue no quarto, eu cruzo a cidade com o vidro embaçado
A 10, a 8, a 6, a 4, a 2, à 3, se for ao teu lado tá tudo bem
Porque do teu lado eu nem durmo baby, tudo ao contrário nem durmo bem
Tava molhada e eu tô com sede, cara fechada se cê não vem
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3. |
Origami
02:46
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Okay, furos de bala no boné
Trampo de 12 com Cocaine,
Nas noites sem sono dos sem fé
Meus mano pro mundo são no names
Drama nas toucas da obey
Foco no céu sem grilhão no pé
Tem nomes no cel pra quebrar o game
Curar teu peito sem Band Aid
A Blunt de menta nos bate volta
Final dos 90, mirando tókio
Normal no meu bairro igual vender droga
Aqui nós crescemos comendo ódio
Focono pódio vomito notas
Meus manos sem cano são Rockstar
Eu fiz com o Demonio de Ghost Writer
Cachorro num vidro de Old Par
Dobrando mapa igual Origame oh
Cruzando o mundo farejo ouro oh
20 por hora, nos fones Ore e
Tudo se encaixa igual dominó
Eu trago no maço o que cura dores
Nas linhas o cerol que parte nós
Nas pupilas lágrimas incolores
O triste é que metade de nós
Nem sabe, o que teu peito nem cabe
Quantas vezes engoli, ira maior que minha garganta
Canto a vida e viro os litro, até que esse sangue estanca
A planta do pé de inimigo, que seus tiros não me alcancem
Ok, Vida por isso sem troco
Manos sonhando com Draco
Fumo um ouvindo J Cole
Nas ruas da city é só Cro co
Vendendo sonhos por pouco
Turnos regados a Álcool
Esse Drama tem minha logo
Perfumada como Talco
Meus manin matam por um nike novo
Vão por cabeças onde os like tava
Nos turnos de doze cavando covas
Com a mesma velô que meu time grava
Cai um de nós, amanhã tem outro
Bolando um toco enquanto manobra
O que eles tem mano eu quero em dobro
Vendi meu tempo, essas ruas cobram
Dobrando mapa igual Origame oh
Cruzando o mundo farejo ouro oh
20 por hora, nos fones Ore e
Tudo se encaixa igual dominó
Eu trago no maço o que cura dores
Nas linhas o cerol que parte nós
Nas pupilas lágrimas incolores
O triste é que metade de nós
Nem sabe, o que teu peito nem cabe
Quantas vezes engoli, ira maior que minha garganta
Canto a vida e viro os litro, até que esse sangue estanca
A planta do pé de inimigo, que seus tiros não me alcancem
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4. |
Poucas Ideias
02:31
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Ela me pede chá que cocaína vicia
Num rolê de quadrada descendo pelo Meyer
As ruas tão lotadas, aqui dentro é um vazio
Entre eu e esses caras mano é poucas idéias
Baby cada homem é um rio
Eu cruzo essa cidade num opala sem freio
Carregando um bloco de ouro maciço
Para de me imitar que parcerinho tá feio
É o sol das 3 tarde e arde como fogo, bem vindo ao jogo
Sou o mesmo filha da puta, só mudou o foco
Sou o mesmo filho de Deus, só mudaram os pregos
Disposto a vomitar meu ego enquanto pai se droga
Disposto a vender a Parati pra investir numa Draco
E viver pouco como um Rei, faminto e procurado
Eu fiz uns planos pra L.A. baby eu adoro os Lakers
Talvez vá lá ano que vem, acho Lebron um saco
Talvez aqui ano que vem tenham chovido Haters
Rezo pra isso, a conta de mamãe tá pelo ralo
Eles falando do meu sonho, eu ajustando faders
Fazendo meu sonho virar um AP em São Gonçalo
Baby eu ganho a vida onde o couro come
Muito pouco nome, muito pouco ganho
Vejo eles cuspindo ódio no microfone
Nunca encontrei nenhum do meu tamanho
Ela me pede chá que cocaína vicia
Num rolê de quadrada descendo pelo Meyer
As ruas tão lotadas, aqui dentro um vazio
Entre eu e esses caras mano é poucas idéia
Baby cada homem é um rio
Eu cruzo essa cidade num opala sem freio
Carregando um bloco de ouro maciço
Para de me imitar, parcerinho tá feio
Eu tô pra engolir o mundo numa manhã de sábado
E devorar cada pecado como um monstro bíblico
Meu parcerin morrer na guerra do meu bairro é cíclico
E aqui chegar aos 30 anos sem dever é mágico
Onde os tiros vem dos céus, as armas vem dos lados
34 primaveras, pulsos congelados
Tava correndo contra o tempo eu parei os relógios
Então monetizei o ódio desses arrombado
Equilibrando meus problemas, sempre uma corda bamba
Acreditando que o sistema vai trancar minha sombra
Meu time sangra, sobra somente rir da tua cara
E Ela quicando na minha vara enquanto bate a onda
Baby eu ganho a vida onde o couro come
Muito pouco nome, muito pouco ganho
Vejo eles cuspindo ódio no microfone
Nunca encontrei nenhum do meu tamanho
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5. |
Anestesia
03:18
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Domingo de páscoa, marcado de adagas
E teus beijos de minerva me aliviam chagas
Vi teu choro em meu ouvido soar como cítara
Outra azeitona na Sidra, solidão em garrafas
Você fica tão bonita num blusão da UCLA
Duas doses de tequila, amanheceu pelada
Adoro como alternas entre Deus e puta
Tem os olhos de princesa e cara de safada
O teu mundo cheira a ópio, whisky e alfazema
Tenho ódio desses poemas que escrevi dopado
Cruzei com linhas cirúrgicas pontes de safena
Joguei tuas queixas em uma seda e bolei um baseado
37 graus na sombra, coração gelado
Eu cruzo a BR drogado numa CG sem placa
Os teus demônios me assombram, o mundo em ruinas
Ela joga um g na narina e me fode sem capa
Adoro quando o mundo gira e você tá por cima
Quicando como se quisesse roubar minha alma
Levou as chaves dessa casa e minha auto estima
E se tornou minha heroína, eu acredito em Karma
Me vi escravo das esquinas, refém dessas armas
O soluço cortando o clima quando o peito rasga
Tô remoendo esses pecado e acumulando trauma
Enquanto imploro mais um trago até que a luz se apaga
Baby eu tenho a cura pra monotonia
Quando bate a lingua sei que te arrepia 2x
1g na garganta e outro g na veia
Cê é minha dose de anestesia
Eu tenho drogas no case, 4 horas da manhã cê acorda cedo eu sei
Eu tenho medo de jogar um coplan num black label
Nessa cama há um buraco pique o grande Canyon
E o nosso sexo batendo feito um 808
Baby eu odeio a América e amo jack Daniels
Tipo, eu odeio a igreja e amo os feriados
Adoro ver você pelada na lente de uma Canon
Mas presa nos meus calcanhares é ave enjaulada
Eu tô cansado e tô longe de casa filha
Me sinto ilhado, travo em ti sempre uma guerra fria
Cê ajoelha e engole o caos feito uma guerra santa
E cada poção dessa planta é carta de alforria
Tô carregando o mal do mundo dentro da garganta
E vou cuspir no cais do porto minha hipocrisia
Porque essa vida sem fronteiras de longe encanta
Baby, suas curvas viciam gata
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6. |
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E ela me toca, massagem nas costas, cocaína e moccha
Beijando tua boca enquanto o mundo cobra
Suas histórias tristes tocam como Tolkien
Okay,
promete que volta outro dia filha
Pra eu acompanhar tua melancolia
Teus olhos tão cheios, coração vazio
Baby nesse rio a sua dor vicia
Lembro da lavanda do teu último afago, Nega
Cê pediu o mundo e eu só trago Erva
Rabiscou meu pulso com essas facas cegas
Eu tô farto, chega, toda regra é ego
E o Ego é a dipirona pra segunda feira
Cê matando uma carreira por um assunto complexo é
A treta pós sexo, baby, o fim da conversa
Tem coisas que eu preferia resolver por sedex
Cê fica linda numa seda carmim
Tirando essa roupa enquanto ouve meu som
Adoro ver essa raba rebolando pra mim
Senta nesse colo e engole toda a minha dor
Sentir tua falta é um péssimo vício
No décimo litro eu descobri que
Bom mesmo não era voltar pro início
Bom mesmo é teu colo, e que o resto se foda
Ela me toca, massagem nas costas, cocaína e moccha
Beijando tua boca enquanto o mundo cobra
Suas histórias tristes tocam como Tolkien
Okay, promete que volta outro dia filha
Pra eu acompanhar tua melancolia
Teus olhos tão cheios, coração vazio
Baby nesse rio a sua dor vicia
(Doggie Killa)
Então se liga amor, Olha o Uber que eu tô pronto pra descer
Tô levando droga daquela que tu gosta, vamo se extasiar e morrer de fuder
Adoro te ver sem calcinha com uma camisa minha
Olhar de cigana oblíqua, num dia normal
Num dia Normal
Separei um espaço na minha cova pra você
Existe amor após a morte eu posso te provar
Um dia desses tirei a morte pra dançar
E o beijo dela me lembrou você
Salvei alguns dos nossos Stories pra um videotape
Nossa última transa virou uma sextape
Mil horas gravadas que nunca irão ao ar
Posso ser seu Don Juan se tu for minha Pornstar
(...)
E ela me acorda, colocando todo o meu amor na boca
Suor e gemido, cama bagunçada, vizinhança incomodada
E tu rebola na minha pica feito louca
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7. |
Eu Sangro
03:42
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Eu sangro, como sangrou minha mãe
Eu sangro, como chagas santas de uma sexta Santa
As noites se confessam em meu lençol
Me esconde a face o sol
Cê colhe o que cê planta
A pressa na volta pra casa, o trânsito lento da 101
O caos da cidade parada, nesse apartamento queimando um
Lembrei 09 cês não estavam, no banco de trás do Apolo prata
O demônio do lado queria um Prada, baby isso aqui dá em lugar nenhum
Cruzando a cidade no 79 são duas horas de uma ponta a outra
Tenho duas balas de ponta oca e um cão no coldre quando o mundo morde
Era setembro cê não estava, a vida mandou um buquê de cravos
Apostei uma vida, joguei os dados, baby eu não tenho sorte
Por que cê não fala comigo Deus? Me viu de cano no ouvido
Eu só queria um amigo Deus, esse é o décimo litro
Era Janeiro e cê não ligou, Meu pai caiu e cê não ligou
Meus filhos no rio eu não sei nadar, por que cê não vai lá comigo?
De uns tempos pra cá parecia estar tudo de ponta cabeça
São linhas de sangue cortando o caderno, cordas no pescoço
Minha mãe magoada, não olha em meus olhos se a gente conversa
Deus? Eu era tão moço...
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8. |
Deus Interlúdio
03:27
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Sem letra
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9. |
Road Trip
03:08
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Trazem um milhão na mochila
Juntar o que o tempo guardou
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Teagacê Natal, Brazil
Tarcísio Galvão, vulgo Teagacê, é um artista potiguar, com sonoridade ímpar, que tras influências do blues e jazz ao lo-fi e Hip Hop. Representando Natal, como um dos principais rappers da cena do Rio Grande do Norte, é dono d euma discografia de 4 álbuns, e mais de 150 músicas, inclusive firmando parceria com grandes nomes do rap nacional, como o gigante produtor e DJ Caique, na música "Reis"! ... more
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